quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Entre tapas e beijos

O que fazer quando sua pequena criatura, que esbanja muita fofurice, acha que é a dona da verdade e levanta sua mãozinha ameaçando bater nas pessoas quando é contrariada? Sim, bater mesmo. Dar um tapa.

Nina agora está assim. Não sei com quem ela aprendeu isso ou se esse detalhe já vem de fábrica, porque diz minha tia que a dindinha da Nina era igualzinha e depois passou. Mas passa mesmo? Ou ela vai virar um pequeno Gremlin atacando as pessoas por aí?

Cuidado! Ser perigoso se aproximando!


Eu sempre repreendo, mesmo quando os indivíduos ao redor tentam ME repreender:

- Não briga com ela!
- Ela é muito pequena para entender!
- Ahh, que gracinha, ela é voluntariosa, né?
- Humm, personalidade forte!

Nessas horas tenho vontade de chegar no ouvidinho da minha filhota careca e falar: "Filha, tudo bem, nessas pessoas você pode bater, tá? Mas SÓ nessas." Só que como a boa mãe que sou, e nada modesta, me controlo.

Não acho que ela é muito pequena para entender e tenho sim que reclamar quando ela faz isso. Porque o que é "engraçadinho" hoje, em pouco tempo pode transformá-la naquela criancinha insuportável que ninguém quer por perto:

 - Ihh, lá vem a filha da Alice... mal educada que só! A mãe não deu limites quando era pequena.

Provavelmente, esses serão os comentários das mesmas pessoinhas que acham "fofos" agora os rompantes da pequena.

É claro que ela não distribui tapas o tempo todo. Pelo contrário, Nina é bem simpática. Mas tenho reparado que quando ela está de mau humor, vai logo levantando sua mãozinha. Geralmente ela não faz isso comigo, nem com o pai, é mais comum com pessoas menos próximas. Quando ela levanta a mão pra mim, só com o meu olhar ela já corre para me dar um abraço e muitos beijinhos. Ou então a mão que estava preparada para um tapa, vem logo me fazer carinho, mas em outras pessoas vira um tapinha mesmo.

Em geral consigo convencê-la a pedir desculpa para a pessoa. E lá vai ela dar o seu abraço, com sorrisinho no rosto e repetindo:

- Culpa! Culpa!

Mas também já fui ignorada, apesar dos meus apelos e cara de mamãe má!

- Nina, que feio. Não pode. Pede desculpas!
- Nnnnnnnnnnnnnnão! (com dedo em riste, tá?)
- Nina, ai, ai, ai. Pede desculpas sim.
- Nnnnnnnnnnnnnnão!
- Filha, você vai ficar de castigo.

Aí rola um chororô e ela acaba pedindo desculpa para mim, mas não para o pobre agredido em questão, com quem ela começa a brincar como se nada tivesse acontecido...

E aí? Isso passa mesmo? Ou é o Gremlin se aproximando?

2 comentários:

  1. Isso passa amiga.... Eu era pior. Minha mãe dizia que quando comecei a falar e ganhava presentes que não gostava, eu falava coisas do tipo "que boneca hororosa". Olha isso??? Ninguém merece... E depois, passou. Relax que vc não tá criando um gremlin!

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  2. Dizem as mães que vivem ao meu redor que isso é bem comum nessa idade e que, com a orientação necessária, depois passa.
    Mas tá certa em não achar engraçadinho!

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